Dando continuidade à divulgação das obras de arte localizadas no pavimento do Consistório Nº 1, merecem menção o quadro do Tribunal de Osíris, situado na entrada do pavimento.
Quadro do Tribunal de Osíris. |
A segunda referência é relativa aos quadros de JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, fundador do Consistório Nº 1 e MANOEL JOSÉ DE OLIVEIRA, primeiro presidente do Consistório Nº 1.
Por fim, faremos um destaque especial àquela que é a mais bela obra de arte do entorno do Consistório Nº 1, a porta de entrada do Templo. Finamente trabalhada e ornamentada, a parte externa da porta do templo do Consistório Nº 1 merece destaque quando comparada com qualquer outro adereço da Maçonaria em todo o país.
A primeira parte desta postagem encontra-se em:
Comandante-em-Chefe, Ir. Sacramento, Consistório nº 1.
ResponderExcluirCaro amigo, observando o seu interessante trabalho aqui nesse Blog, encontramos a pintura que retrata o Tribunal de Osiris. É sabido que havia, no Antigo Egito, uma crença entre os Faraós, de que a Alma era imortal. Bem como cultuava-se toda uma crença na Ressureição dessa Alma. A Alma/Coração era o lugar onde ficavam as boas e as más ações, portanto o morto era levado ao Tribunal para ter o seu julgamento que se constituia na retirada de sua Alma/Coração, que era colocada num prato de uma Balança e no outro prato uma pena. Era, então cumprida toda uma liturgia do Livro Egípcio dos Mortos, sendo que, se a pena não pesasse mais que a Alma/Coração, o devorador, cujo nome era de Ammut, com a cabeça parecida com a de um crocodilo, devorava a Alma/Coração e o morto era levado as profundezas, para sofrer o seu castigo. Vale dizer, que o tema da Salvação após a morte, passando por um julgamento, é presente em várias crenças fúnebres da Antiguidade e, principalmente, cultuada na tradição egípcia, tornando-se, assim, característica das religiões de mistérios entre os Séc. VIII e VII A.C., difundindo-se, largamente, no período helenístico, implantando-se na tradição religiosa do Ocidente.
No que tange a figura importante de José Bonifácio de Andrada e Silva, nascido de família aristocrática, em 16/06/1783, em Santos, Brasil Colônia de Portugal, foi um estudante brilhante, que se formou em filósofo, advogado, professor, tendo sido um intelectual para sua época. Ainda, José Bonifácio foi cientista e político. Bonifácio combateu Napoleão Bonaparte, em Portugal, mais tarde foi Secretário da Academia de Ciências de Lisboa, membro das mais importantes sociedades de pesquisa da Europa, Catedrático de Mineralogia em Coimbra. Algum tempo, mais tarde, regressa às terras brasileiras e se torna deputado. Foi, ainda, Vice Presidente da Província de São Paulo; Ministro do Império. Por divergências com D. Pedro I é exilado em França. Passado o tempo do exílio e a pedido do Imperador, regressa ao Brasil e por decisão de D. Pedro I, que precisava regressar à Portugal, se torna Tutor de D. Pedro II, até o ano de 1833. Foi o grande articulador da Independência do Brasil. No final de sua vida, decidiu morar em Niterói, onde veio a falecer em 06/04/1838, aos 74 anos de idade. Está sepultado em São Paulo, em atendimento ao seu Testamento. Possui um monumento em sua homenagem, no Largo de São Francisco, no Centro Histórico da Cidade do Rio de Janeiro. Foi agraciado com o Título de - O Patriarca da Independência.
Na Maçonaria, igualmente teve uma presença importante, pois foi o Primeiro Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil, tendo assumido em 19/07/1822. Ainda, por mais uma vez, ocupou esse elevado cargo de Grão Meste do GOB. Também, foi Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho e fundou o Consistório no Rio de Janeiro, o nosso Consistório nº 1.
Adiante, segue o Primeiro Presidente do Consistório nº 1 o Coronel do Exército Imperial do Brasil, Manoel José de Oliveira, que pertenceu a Imperial Academia Militar, como seu Sub Comandante, nos anos de 1823/1831. (hoje, AMAN - Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Sul do Estado do Rio de Janeiro.
Por fim, temos a belíssima Porta, que mostra a parte externa da entrada do Templo do Consistório nº 1. A parte externa da Porta, em madeira de lei é muito bem trabalhada e ornamentada com figuras da Águia Bicéfala, de acordo com a heráldica do Rito Escocês Antigo e Aceito e mais a Cruz de Salem, nome de origem árabe, que quer dizer, perfeito, sábio. Tal Cruz de Salém, tem origem nobre, nas Sublimes Ordens da Cavalaria da Cruz de Salem, cujo símbolo se caracteriza pela Cruz com duas barras horizontais, na parte inferior e superior de igual tamanho.
Fica pois, mais esse comentário, à título de colaboração e amor ao nosso Rito Escocês Antigo e Aceito.
Grande Inspetor Geral, Ir. Sangenis, Membro Efetivo do Consistório, nº1.
Comandante-em-Chefe Ir Sacramento. Revisitando o Blog do Consistório, Nº 1 encontrei este e outros comentários de minha lavra. Assim, após uma análise, confesso que há quase sete (7) anos passados, estava bem e mais preparado intelectualmente, do que hoje. Hoje, aos 76 anos de idade e quase completando 77 (julho). Também, estou comemorando o meu quadragésimo (40º) aniversário, na Arte Real, visto que recebi a Luz na Loja Maçônica Fraternidade e Civismo, Nº 1.697 do Rito Brasileiro, no Templo 4 do lendário Palácio do Vale do Lavradio, na Cidade do Rio de Janeiro, pela bondade dos IIr. Maçons, daquela Oficina, liderados pelo Venerável Mestre Ir. Nei Inocêncio dos Santos, hoje, Grande Primaz do Rito Brasileiro, dos Maçons Antigos e Aceitos, onde percorri a metade da Escada de Jacó, chegando ao Grau l8º. Mas quis o destino, que eu viesse para o Rito Escocês Antigo e Aceito, um gesto oriundo da necessidade de frequentar uma Loja Maçônica, no Oriente de Niteroi, RJ, onde eu tinha minha residência, pois meu trabalho era na Capital do Rio de Janeiro, e os tempos já estavam ficando difíceis, em virtude do aumento da criminalidade. Mas essa mudança do Rito Brasileiro dos Maçons Antigos e Aceitos me custou muito caro, pois no Rito Escocês Antigo e Aceito, apesar de ter me dedicado a Maçonaria Escocêsa, precisei começar do Grau 4º, novamente, o que fiz, com grande galhardia. Todavia, um outro e tenebroso castigo me foi oferecido e fui obrigado a sorver o amargo da Taça Sagrada, até a última gota. Esse castigo foi que apesar de ser um Mestre Maçom, CIM 122.696 e IME 36.784 o passado, num outro Rito foi a causa de nunca ter me sido permitido ser passar e receber o galardão de ser Mestre Instalado. Não fui no Rito Brasileiro e teria sido, mas mudei de Rito e no Rito Escocês Antigo e Aceito, trazia a mancha de um outro rito, que na época seria um "Rito Inimigo". Dessa forma, neste ano de 2020, quando completo o meu 40º Aniversário na Ordem Maçônica, continuo como Mestre Maçom ! Jamais perdi o meu estusiasmo, mas no fundo do meu coração tal fato representou uma dor profunda. Senão, como explicar que por não ser Mestre Instalado, jamais, me foi permitido alcançar a nobre função de Sub Procurador do Tribunal de Justiça Maçônica, quando, na vida real, no Mundo Profano, sou Procurador Federal da Advocacia Geral da União, por Concurso Público e, agora estou aposentado ? Essa é uma pergunta que deixo para a reflexão dos que dirigem a Maçonaria Brasileira, pois a mim, tudo foi cortado dentro da Ordem Maçônica. Mas a vida continua, mesmo nesse ano de 2020 - O Ano que não Começou - COVID.19. Assim, meu caro amigo e Comandante-em-Chefe desejo, ainda, oferecer mais uma modesta contribuição, pois nesses tempos de Pandemia do Novo Corona Vírus, fato que causou a Decretação do
ResponderExcluirEstado de Calamidade Pública e, ainda, considerando que inspirado, pelo espírito público de servir à Maçonaria Escocesa e como, Membro Fundador do Grande Colégio de Inspetores Gerais do Estado do Rio de Janeiro, desejo revisitar todos os Blogs, que me forem permitidos pela saúde e fazer os comentários pertinentes, como esse acima, bem no alto. Sou muito agradecido ao Mui Poderoso Consistório Nº 1, em cujo sodalício, mantenho o único cargo que me foi possível galgar, na condição de Membro Efetivo, desde o ano de 1994, pela bondade do saudoso Irmão João Ferreira Durão e, atualmente, pela bondade de vosso generoso coração Ir. Sacramento, Comandante-em-Chefe, a quem tenho a honra de servir, como seu colaborador, irmão e amigo. Ir. Sangenis, Grande Inspetor Geral do Grau 33º, Portador das Medalhas de Reconhecimento Maçônico e Grande Reconhecimento Maçônico e da Comenda do Mérito Montezuma; Membro Efetivo do Consistório, Nº 1 desde 1994 e Membro Fundador do Grande Colégio de Inspetores Gerais do Estado do Rio de Janeiro.