quinta-feira, 30 de abril de 2015

Os sinais secretos maçônicos e o Rito Escocês Antigo e Aceito (Parte 3)

   Dando continuidade aos estudos sobre os sinais secretos da Maçonaria e o Rito Escocês Antigo e Aceito.
Link para => Parte 1 e Parte 2 deste estudo.
  O sinais secretos da Maçonaria possuem 3 origens principais: as origens místicas, as origens históricas e as origens mitológicas.
   No que se refere às origens místicas, a primeira a ser destacada é a Antiga Tradição Hindú.
    Os ensinamentos do Hinduísmo afirmam que no interior do corpo humano existem canais (ou nadis) por onde circula a energia da vida (ou prana).
  Os pontos em que esses "canais da vida" se encontram são importantes centros de energia e recebem o nome de chakras.

Link para visualizar => Explicação sobre os chakras

   Para o Hinduísmo, o mau funcionamento ou a obstrução dos canais da vida (ou nadis) provoca doenças físicas, mentais ou espirituais, as quais podem ser tratadas ou prevenidas estimulando ou protegendo os chakras através das mãos, de objetos ou de aparelhos.
    No Rito Escocês Antigo e Aceito, os sinais secretos dos Graus Simbólicos são uma referência direta aos chacras laríngeo, cardíaco e pélvico.
Os tratamentos de saúde através dos chakras são
reconhecidos na Medicina Ocidental como Terapias Alternativas.
    A segunda importante origem mística dos sinais secretos maçônicos é a doutrina judaica da Cabala (ou Kaballah).    
   A Cabala ensina que o corpo humano é um pequeno universo (ou microcosmo), o qual pode ser representado simbolicamente pela Árvore da Vida (ou Árvore dos Sefirotes).
A Árvore da Vida é um diagrama que permite representar o Mundo
Espiritual, o Mundo Material, o Homem, além de outras manifestações divinas.  
    Na Cabala, os sefirotes (ou sefiras, ou sephiroths) são os pontos onde as Emanações da Energia Divina se manifestam nUniverso.
   Quando usada para representar o corpo humano, a Árvore da Vida simboliza o Homem Primordial (ou Adão Kadmon). Nessa representação, 3 sefirotes coincidem exatamente com 3 partes do corpo humano, sendo por isso considerados misticamente importantes: o alto da cabeça, a região do coração e plexo solar, e o baixo ventre.
As três regiões onde se localizam os sefitores são
consideradas sagradas em diversas crenças. 
     Diversas tradições, religiões e ordem místicas utilizam apetrechos destinados a protegerem ou exaltarem a cabeça, o peito (ou plexo) e o baixo ventre.


   No Rito Escocês Antigo e Aceito, alguns sinais secretos do Grau 3 (Mestre), do Grau 18 (Cavaleiro Rosacruz), do Grau 24 (Príncipe do Tabernáculo), do Grau 27 (Grande Comendador do Templo), do Grau 31 (Grande Inspetor Inquisidor Comendador) e do Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo), entre outros, indicam o estímulo ou a proteção da cabeça, do plexo solar e do baixo ventre.
A vestimenta completa do Soberano Grande Comendador do
Supremo do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito,
simbolicamente, protege as 3 importantes regiões do corpo. 
     Nas postagens seguintes, o Blog do Consistório Nº 1 dará continuidade ao estudo dos sinais secretos da Maçonaria e o Rito Escocês Antigo e Aceito.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Indicação de filme (Documentário sobre o Êxodo Hebraico)

    A indicação de filme é o documentário sobre o período do Êxodo Hebreu, produzido pelo Discovery Channel.

   O Êxodo foi o período de 40 anos da história hebraica, o qual teve início com a saída do Povo Hebreu (ou Povo Escolhido) da escravidão no Egito e terminou com o retorno dos hebreus ao seu local de origem, a Terra de Canaã, na atual Palestina.

     Vários símbolos apresentados nos Altos Graus (do Grau 4 ao Grau 33) do Rito Escocês Antigo e Aceito, tais como a Vara de Aarão, o Tabernáculo e a Arca da Aliança, são oriundos das tradições que envolvem a história do Êxodo Hebraico.
Atualmente, existem 4 hipóteses principais sobre a rota
que os hebreus seguiram do Egito à Palestina.
   Estudar o período do Êxodo permitirá ao maçom compreender os ensinamentos ministrados no Grau 4 (Mestre Secreto), no Grau 22 (Cavaleiro do Real Machado), no Grau 23 (Chefe do Tabernáculo), no Grau 24 (Príncipe do Tabernáculo) e no Grau 25 (Cavaleiro da Serpente de Bronze), o quais tem suas mitologias baseadas naquela fase da história.
  Clique no link abaixo para assistir o detalhado documentário sobre a histórica migração do Povo Escolhido, a partir do Egito até Canaã.
Link para Documentário sobre o => Êxodo Hebreu

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Maçons elevados ao Grau 31 em 15.04.2015


   Segue abaixo a relação dos trinta e um maçons elevados ao Grau 31 na Sessão Magna de 15 de abril de 2015:
1. ADILSON SIMÕES
2. ALAN DE CARVALHO RAMOS
3. CARLOS ALVAREZ DA SILVA CORREA
4. CARLOS ALBERTO DE SOUZA
5. DARIO TITO MICHELEM MAIA
6. DELMAR PEREIRA DA SILVA
7. EVALDO MARCOLINI
8. FERNANDO JOSÉ ALVES
9. FERNANDO RICARDO DE BARCELOS
10. HENRIQUE DA CUNHA
11. JORGE JACOB NETO
12. JORGE LUIZ MENEZES DOS SANTOS
13. JOSÉ ANTÔNIO GOMES BAMBINO
14. LUIZ CARLOS DE AZEVEDO
15. LUIZ CARLOS CASALLOTI
16. MANOEL SANTOS LINO
17. MÁRCIO KOITY TAKENAKA
18. MARCOS ANTÔNIO DE ALMEIDA BORGES
19. MARCOS CEZAR VIEIRA TARRADT
20. MARCOS RIBEIRO GIRO
21. MAURÍCIO JARDIM SIMÕES
22. MAURÍCIO JOSÉ LOUREIRO
23. OMAR TORRES DE CASTRO FILHO
24. OSCALINO DE ARAÚJO
25. RENATO LUIS MARQUES ELLENA
26. RONALDO SÉRGIO FREUND
27. RUBENS DA SILVA COSTA
28. SEBASTIÃO FRAGA
29. SIDNEY NETTO GODINHO
30. UDILSON MENDES DA SILVA
31. WAGNER PIRES DE CASTRO

    A Administração do Consistório Nº 1 parabeniza os novos Grandes Inspetores Inquisidores Comendadores (Grau 31) e os concita a permanecerem firmes nas suas caminhadas maçônicas.
Foto dos maçons elevados ao Grau 31 em 15 de abril de 2015.
Sejam bem vindos aos Graus Administrativos!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Os sinais secretos maçônicos e o Rito Escocês Antigo e Aceito (Parte 2)

    Dando continuidade ao estudo dos sinais secretos da Maçonaria.
Link para => Parte 1 deste estudo
    Os sinais maçônicos praticados no Rito Escocês Antigo e Aceito tem suas origens: na Tradição Hebraica, no Rosacrucianismo, no Cristianismo, na Cabala, na Alquimia e no Hinduísmo, entre outras.
   O primeiro ponto a ser abordado neste estudo é a questão das mãos. Neste aspecto é necessário destacar as antigas crenças sobre os lados esquerdo e direito do corpo.
   Apesar de considerarem que ambos os lados têm a mesma importância, antigas tradições como o Rosacrucianismo, a Alquimia e a Cabala compreendem que, misticamente, o lado direito está associado à emissão de "energia", enquanto o lado esquerdo relaciona-se se à sua captação.
   O quadro abaixo apresenta um resumo das características dos lados direito e esquerdo.
    A Antiga Alquimia considerava que, inicialmente, Adão era um ser andróginocujo lado esquerdo era feminino e o lado direito, masculino, tal qual o deus Purusha, do Hinduísmo.
    Na Mitologia Grega, a deusa Têmis (ou Themis) acolhe as demandas judiciais com o lado esquerdo e aplica as sanções penais com lado direito.
    Em algumas tradições de fundamento feminino, como o culto afro das Yabás e a tradição celta de Wicca, é comum a exaltação do lado esquerdo (feminino) do corpo.
Obá é uma orixá guerreira, ligada à água, pertencente 
ao culto das Yabás. Observe a posição da espada e do escudo.

   Diversos ritos e graus maçônicos utilizam o misticismo da lateralidade para reforçar o caráter masculino da Maçonaria. Deste modo, na realização da maioria sinais secretos, o lado direito do corpo (especialmente braços, pernas e mãos) tem o papel principal, enquanto o lado esquerdo apenas complementa os movimentos.
No gesto da benção, a mão esquerda
complementa a ação da mão direita
.

   No Rito Escocês Antigo e Aceito, o lado direito do corpo tem papel principal nos sinais secretos do Grau 1 (Aprendiz), Grau 2 (Companheiro), Grau 3 (Mestre), Grau 4 (Mestre Secreto), Grau 6 (Secretário Íntimo), Grau 7 (Preboste e Juiz),Grau 9 (Cavaleiro Eleito dos Nove), Grau 10 (Cavaleiro Eleito dos Quinze), Grau 12 (Grão Mestre Arquiteto), Grau 14 (Grande Eleito), Grau 15 (Cavaleiro do Oriente), Grau 16 (Príncipe de Jerusalém), Grau 17 (Cavaleiro do Oriente e do Ocidente), Grau 18 (Cavaleiro Rosacruz), Grau 19 (Grande Pontífice), Grau 20 (Soberano Príncipe da Maçonaria), Grau 21 (Noaquita), Grau 23 (Chefe do Tabernáculo), Grau 25 (Cavaleiro da Serpente de Bronze), Grau 26 (Príncipe da Mercê), Grau 27 (Grande Comendador do Templo), Grau 28 (Cavaleiro do Sol), Grau 29 (Grande Cavaleiro Escocês de Santo André), Grau 30 (Cavaleiro Kadosh) e Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo).
    Nas postagens posteriores, o Blog do Consistório Nº 1 dará continuidade ao estudo dos sinais secretos da Maçonaria.

domingo, 19 de abril de 2015

Indicação de filme (Documentário sobre o Livro do Apocalipse)

   A indicação de filme é documentário produzido pelo Discovery Channel sobre o Livro do Apocalipse.

     O documentário apresenta uma visão bíblica da derradeira Justiça Divina, a qual é estudada com detalhes no Rito Escocês Antigo e Aceito, no Grau 31 (Grande Inspetor Inquisidor Comendador), através da análise do Tribunal de Cristo e do Tribunal de Osíris, e no Grau 19 (Grande Pontífice, ou Sublime Escocês), através da alegoria da Jerusalém Celeste, narrada no Livro do Apocalipse.
     Leia também => O Grau 31 e a Jerusalém Celeste

De acordo com a tradição cristã, o Livro do Apocalipse
 foi escrito pelo apóstolo João Evangelista, com base na
revelação que recebeu sobre os eventos dos Últimos Dias.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Os sinais secretos maçônicos e o Rito Escocês Antigo e Aceito (Parte 1)

   A Maçonaria e, de forma semelhante, as organizações militares e religiosas, realizam suas cerimônias obedecendo a uma seqüência pré-definida de eventos, que incluem gestos, palavras, músicas e outras ações, as quais, no conjunto, são chamadas de ritual.
Nas organizações militares, a cerimônia de juramento à Bandeira Nacional e a de troca de Comando possuem rituais próprios, estabelecidos pela legislação militar.
Nas organizações religiosas, o casamento budista, a oração muçulmana durante o Ramadã e a Eucaristia são desenvolvidos segundo um ritual específico
   Os rituais maçônicos descrevem como devem ser executados os gestos cerimoniais, os quais são caracterizados por posturas e sinais próprios da Tradição Maçônica.

    As posturas e os sinais maçônicos são realizados tanto nas cerimônias públicas (anteriormente chamadas Festas Brancas) quanto nas cerimônias reservadas exclusivamente aos maçons (sessões de iniciação, de instrução, entre outras). Sendo assim, existem gestos maçônicos secretos e gestos maçônicos não secretos.
O modo de sentar durante as reuniões maçônicas e o modo do Venerável Mestre empunhar o malhete são gestos tipicamente maçônicos, porém não secretos.
   Durante as cerimônias públicas, os gestos maçônicos adotam movimentos oriundos principalmente das tradições militares e das práticas profanas comuns. 
A formação da Abóbada de Aço, a forma de empunhar as espadas 
o modo de conduzir o Pavilhão Nacional são gestos não secretos, 
provavelmente oriundos das tradições militares.
     Nas postagens posteriores, o Blog do Consistório Nº 1 dará continuidade ao estudo dos sinais secretos da Maçonaria.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Indicação de site sobre a Maçonaria (Loja Maçônica Luz no Horizonte)

      A indicação de site sobre a Maçonaria é a página da Loja Maçônica Luz no Horizonte nº 2038, localizada no município de Goiânia, em Goiás e federada ao Grande Oriente do Brasil.
    O site da Loja Maçônica Luz no Horizonte disponibiliza vários estudos relacionados à temática maçônica.
   O site dedica uma página para divulgação de diversos monumentos maçônicos no Brasil e no exterior.
   Na página da Loja Maçônica Luz no Horizonte nº 2038 são publicados, entre outros, trabalhos relativos à Filosofia Maçônica, à filatelia e à poesia maçônicas.
   O site apresenta uma interessante pesquisa sobre a Música na Maçonaria, disponibilizando um importante acervo musical.
   Além desses temas, a página da Loja Maçônica Luz no Horizonte nº 2038 divulga links de acesso para várias potências e lojas maçônicas.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Indicação de filme (Documentário sobre o rei Davi)

   A indicação de filmes são dois documentários que estudam a história rei Davi, sucessor de Saul, monarca do antigo Povo de Israel.
    Clique nos links abaixo e assista os documentários, os quais abordam aspectos diferentes desse importante rei.


   O personagem Davi foi fundamental para a consolidação das 12 tribos de Israel em torno da jovem monarquia hebraica.
Um dos fatos marcantes na história
do rei Davi foi sua vitória no duelo
contra o guerreiro filisteu Golias.

   As estratégias políticas e as vitórias militares do rei Davi forneceram ao seu filho e sucessor, o rei Salomão, as condições para que governasse o Povo Escolhido, com base nas antigas tradições hebraicas, transmitidas por Moisés, por Aarão e pelos demais patriarcas e profetas.

   Durante reinado de Salomão ocorreu a construção do 1º Templo de Jerusalém (ou Templo de Salomão), o qual é o elemento central da mitologia dos 13 primeiros graus do Rito Escocês Antigo e Aceito.

domingo, 5 de abril de 2015

Sessão de Instrução do dia 16 de março de 2015.

      Na Sessão Ritualística de Instrução do Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo), realizada no dia 16 de março de 2015, tomou posse como Grande Secretário do Mui Poderoso Consistório de Príncipes do Real Segredo Nº 1, o maçom TOMAS SOUTO DE ARAÚJO, em substituição ao maçom MÁRIO LÚCIO DE LIMA NOGUEIRA, ambos detentores do Grau 33 (Grande Inspetor Geral) do Rito Escocês Antigo e Aceito.
   O Irmão MÁRIO LÚCIO permaneceu mais de cinco anos à frente da Grande Secretaria, na qual realizou um trabalho de altíssima qualidade.
    Nessa mesma sessão, foi feita a entrega dos diplomas de Membros Efetivos aos seguintes maçons do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito: PAULO ROBERTO FERNANDES DE SOUZA, LINCOLN MACHADO CORREA e ANTÔNIO GERALDO DE ARAÚJO.
Entrega do diploma de Membro Efetivo ao
maçom PAULO ROBERTO FERNANDES DE SOUZA.
Entrega do diploma de Membro Efetivo ao
maçom LINCOLN MACHADO CORREA.
Entrega do diploma de Membro Efetivo ao
maçom ANTÔNIO GERALDO DE ARAÚJO.
     Por fim, no momento da Ordem do Dia, foi apresentado um estudo pelo Irmão MÁRIO LÚCIO DE LIMA NOGUEIRA, cujo tema foi: Reflexões sobre os Membros da Cripta da Grandes Luzes.

Convocação para a sessão de 15.04.2015 (Elevação ao Grau 31)


    A Administração do Consistório Nº 1 comunica aos maçons dos Graus 31, 32 e 33, regulares com o Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito que, às 18:00 horas do dia 15 de abril de 2015, será realizada a Sessão Magna de Elevação ao Grau 31 (Grande Inspetor Inquisidor Comendador), na Câmara Filosófica localizada no Complexo Arquitetônico do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para Rito Escocês Antigo e Aceito, Campo de São Cristóvão nº 114, bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro - RJ.
   Sendo assim, os maçons pertencentes ao quadro de obreiros do Consistório Nº 1 estão convocados para participarem da sessão.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Os 4 elementos e o Rito Escocês Antigo e Aceito (O fogo)

    Dando continuidade ao estudo dos Quatro Elementos (terra, água, ar e fogo) e o Rito Escocês Antigo e Aceito.
Links dos estudos anteriores => Introdução - A terra 
A água - O ar
   Entre os 4 Elementos, o fogo é o que está mais relacionado à intensa espiritualidade.
     Muitas tradições esotéricas e religiosas, antigas e atuais, utilizam o fogo em suas cerimônias.
     O primeiro significado atribuído ao fogo é o que está relacionado às suas propriedades de transformação e de destruição, muito usadas na Alquimia
     Na Antiguidade, a crença no poder transformador do fogo originou, nas civilizações grega, chinesa e egípcia, o mito da fênix, um animal lendário que, ao morrer, se auto-consumia em chamas e renascia das próprias cinzas.
     Clique no link abaixo e assista uma dramatização da auto-combustão e do renascimento de uma fênix.
Link para => Renascimento da fênix
    Na Mitologia Grega, Hefesto, o deus do fogo, dos artesãos e dos ferreiros, usava o fogo para transformar metais nas ferramentas dos deuses.
O tridente de Poseidon, o escudo impenetrável de Zeus, 
o cinto afrodisíaco de Afrodite e o as sandálias aladas de 
Hermes foram alguns utensílios produzidos por Hefesto.
    Na tradição hebraica, conforme o Livro do Levítico, os animais eram queimados no altar dos holocaustos com a finalidade de purificar o povo hebreu dos seus pecados.
O Altar dos Sacrifícios era peça central nas cerimônias de purificação hebraicas.
   Segundo a tradição dos Evangelhos, João Batista anunciou a vinda do Salvador, o qual faria o batismo com fogo e com o Espírito Santo.
    Na Alquimia, a propriedade purificadora do fogo era utilizada através do processo de calcinação, o qual consistia em submeter uma substância ao calor intenso, a fim de retirar a água e as substâncias voláteis, reduzindo a substância a cristais mais puros.
    Ainda na Alquimia, o poder transformador do fogo é destacado na palavra INRI, abreviatura de Ignis Natura Renovatur Integra (traduzindo: o fogo renova toda a natureza), a qual é estudada no Grau 18 (Cavaleiro Rosacruz) do Rito Escocês Antigo e Aceito.

O Inferno era tido como um
local com chamas eternas,
visando purificar os pecadores.
  Na Idade Média, a Igreja Católica, através da Santa Inquisição (ou Tribunal do Santo Ofício), adotou como punição, a condenação ao fogo, pois considerava-o capaz de purificar os espíritos dos pecadores.
   Deste modo, tornaram-se comuns as sentenças de morte através da queima na fogueira, aos réus condenados por heresia, bruxaria e outros crimes contra a Santa Igreja.

   No Rito Escocês Antigo e Aceito, a simbologia da purificação pelo fogo (Prova do Fogo) é utilizada durante as cerimônias de iniciação.
    O segundo significado para o fogo é a sua associação à presença divina e ao mundo espiritual.
   Em tradições antigas, a cremação dos mortos era a forma de transformar o corpo em uma substância em condições de retornar ao mundo espiritual, em oposição ao enterro, o qual devolvia o corpo à sua origem material (a terra).
    No Zoroastrismo, o fogo é um dos símbolos do deus Ahura Mazda e seus seguidores realizam o culto do fogo.
Momento de oração de uma seguidora do culto do fogo.

    Na tradição hebraica, Yahweh, o Deus Único hebreu, apresentou-se a Moisés na forma de uma vegetação em chamas (sarça ardente).
     Na tradição católica, Isabel anunciou à sua prima Maria, mãe de Jesus, o nascimento de seu filho, João Batista, através de uma grande fogueira no alto de um monte
   O terceiro significado importante do fogo são suas propriedades de fornecer energia e de iluminar.
     Na tradição bíblica, após a expulsão de Adão e Eva, querubins portando espadas que emitem fogo (Espada Flamejante) guardam a entrada do Jardim do Éden.
    Especialmente no Grau 1 (Aprendiz) do Rito escocês Antigo e Aceito, a Espada Flamejante simboliza o poder do Venerável Mestre.
   Na Mitologia Grega, Hélio, deus do sol, simbolizava a energia e a luz que diariamente eram divinamente oferecidas à Humanidade.
A bela deusa Aurora (o alvorecer) vinha à frente do cortejo
do deus Hélio (o sol), o qual atravessava o céu durante o dia.

   Ainda na Mitologia Grega, o deus Prometeu roubou de Zeus, rei dos deuses, a chama do intelecto divino e o concedeu ao homem, tornando-o, a partir daí, um ser que pensava. 

    No Antigo Egito, o faraó Akhenaton impôs uma religião de adoração ao sol, na qual o astro-rei simbolizava a luz e a vida ofertados pelo deus único Aton.
O monoteísmo egípcio encerrou-se logo após o reinado de Akhenaton.

   Na tradição católica, as chamas das velas são usadas para destacar as imagens de santos e de lugares sagrados.

    Na Maçonaria, muitos graus utilizam a chama das velas como forma de iluminar ritualisticamente as sessões.

    No Rito Escocês Antigo e Aceito, a Prova do Fogo é um dos importantes episódios das cerimônias de iniciação.

  No Grau 2 (Companheiro), a Estrela Flamígera, portadora do fogo e da luz, dá origem a um importante estudo sobre a simbologia maçônica.
Estrela Flamígera

   No Grau 14 (Perfeito e Sublime Maçom), a aparição de Yahweh a Moisés é destacada pelo Sinal do Fogo e de Ordem.
O pramantha usa a fricção
para produzir a chama.
   No Grau 18 (Cavaleiro Rosacruz), o fogo ritualístico é gerado simbolicamente pelo pramantha e o pelo arani.
  No Grau 29 (Grande Escocês de Santo André), são apresentados o Sinal do Fogo e Anjo do Fogo como importantes elementos ritualísticos na execução desse Grau.

   Clique nos links abaixo para assistir os vídeos sobre o uso do fogo em várias tradições.


    Encerrando, clique no quadro abaixo e ouça o poema O amor é fogo que arde sem se ver, de Luis de Camões.