sexta-feira, 21 de março de 2014

Aarão, o primeiro sumo-sacerdote do Tabernáculo hebreu.


    O patriarca Moisés, importante personagem da Cripta dos Grandes Filósofos do Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo), durante a maior parte do seu ministério como líder do povo hebreu teve ao seu lado seu irmão Arão (ou Aarão).
Moisés e Arão participaram juntos do episódio da transformação 
do cajado (vara de Arão) em serpente diante do faraó
    Arão era o filho mais velho de Anrão e Joquebede e foi bisneto de Levi. 
  Viveu entre 1.507 a.C. e 1.471 a.C. e foi sucedido, como sumo-sacerdote hebreu, por seu filho Eleazar.
    Segundo a Bíblia, Arão se comunicava facilmente e, em razão desse fato, Arão foi diversas vezes o porta-voz de Moisés, visto que este personagem aparentemente tinha dificuldades na fala.
    Aarão teve uma importante participação nos eventos que antecederam a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito. 
     Dois fatos importantes que marcam a fase que antecedeu a libertação do Povo Escolhido são: a mágica disputa que Arão teve com os feiticeiros egípcios diante do faraó e os episódios ligados às pragas enviadas por Deus sobre o povo egípcio.
   Arão era também o principal companheiro de Moisés durante as várias mensagens e revelações feitas por Deus ao seu irmão.
      No período do Êxodo, que começa na saída do povo hebreu da escravidão no Egito e se estende até a sua chegada na Terra Prometida (Canaã), foi implantada a prática do culto ao Senhor numa tenda sagrada desmontável e itinerante, chamada Tabernáculo
A tenda do culto a Yahveh era montada ao longo
 dos caminhos percorridos pelo povo hebreu.
    Arão foi designado o primeiro sumo-sacerdote (kohen gadol) para a realização dos cultos no interior do Tabernáculo.
    Conforme o Livro do Êxodo, as vestes do sacerdotais de Arão, bem como o Tabernáculo e seus utensílios, foram produzidos sob a direção de Bezeleel e de Ooliab (link para o estudo sobre => Beseleel e Ooliab).
As 12 pedras/tribos fixadas no peitoral 
da veste sacerdotal eram: sárdio(Judá),
 topázio(Issacar), ônix(Aser), berilo(Dã),
safira(Simeão), jaspe(Naftali)jacinto(José),
 diamante(Gade)ágata(Manassés), 
 ametista(Benjamin), esmeralda(Rubén)
   e carbúnculo(Zebulom)
   Nas vestes do Sumo-Sacerdote Arão, estavam encrustadas doze pedras preciosas e nelas estavam gravados os nomes das doze tribos de Israel (ou doze filhos de Israel). Nessa veste estavam também o Urim e o Tumim (pedras especiais, usadas para conhecer a vontade de Yahweh). 
    A roupa do sumo-sacerdote possuía também uma lâmina de ouro na mitra (ornamento da cabeça) com a inscrição “Santidade ao Senhor”. 
    A partir do sacerdócio de Arão, sua vestimenta passou a ser usada por todos os sumo-sacerdotes hebreus.

    De acordo com o Livro do Êxodo, quando Arão e seus filhos foram ungidos como sacerdotes, foram utilizados o sangue dos animais oferecidos em sacrifício no Tabernáculo, bem como um óleo santo, especialmente preparado, aplicado sobre as suas cabeças e nas vestes.
A unção de Arão é relatada no Livro do Êxodo, 
sendo também citada no Salmo 133.
   Na qualidade de primeiro sumo-sacerdote hebreu, coube a Aarão implantar as tarefas que, a partir daquele momento, ficariam sob a responsabilidade dos futuros sacerdotes. 
     Entre as tarefas dos Sumo-Sacerdotes estavam: 
- a expiação dos pecados do povo hebreu através de rituais de sacrifício de animais; 
- a remoção de toda impureza moral e religiosa do povo de Deus; 
- a purificação das mulheres após o parto;
- o acompanhamento dos procedimentos relativos aos animais considerados puros ou impuros;
- a definição das questões relativas às secreções de homens e mulheres;
- os trabalhos relacionados ao Sábado (Shabbath) e às festas anuais;
- o acompanhamento do cumprimento das leis rituais, dos  pagamentos dos dízimos e das bençãos.
Cabia também aos sacerdotes a preparação
 do Tabernáculo para as cerimônias.
   O papel mais destacado reservado a Aarão e aos sumo-sacerdotes que o sucederam era na cerimônia anual do Dia da Expiação (Yom Kippur, ou Iom Quipur).
A expiação dos pecados através do sacrifício de animais
 era uma antiga prática do povo hebreu. 
    Muito embora fosse posteriormente ungido como sumo-sacerdote, Arão participou da idolatria praticada pelo povo hebreu, na adoração a um deus em formato de bezerro de ouro, durante a ausência de Moisés nos 40 dias em que esteve no Monte Sinai para receber as tábuas com os Dez Mandamentos.
A incerteza no retorno de Moisés
colocou em dúvida a fé do povo hebreu. 
   No Rito Escocês Antigo e Aceito, Aarão é estudado principalmente no Grau 23 (Chefe do Tabernáculo), no Grau 24 (Príncipe do Tabernáculo) e no Grau 25 (Cavaleiro da Serpente de Bronze).

6 comentários:

  1. Cmt. em Chefe, Ir.'. Milton Antônio Graça do Sacramento:
    Consistório nº 1.
    Aproveito, após ler tão rica explanação, sobre a saga do povo Hebreu no Êxodo, para tecer um simples comentário:
    Quanto mais aprendo, sobre o assunto em epígrafe, mais eu me convenço de que o Supremo Árbitro dos Mundos, deixa ao livre arbítrio de sua criação humana, ser ou não ser digno de sua benção, pois mesmo que o seu povo escolhido tenha entristecido-o com sua rebeldia, adorando um ídolo, e contrariando um de seus mandamentos, ou seja, Êx 20:3-4,
    aquele povo, sob o comando de seu líder Moisés, chegou à terra prometida. E Arão, após ser ungido e passando a ser chamado Aarão, foi usado como ente humano para comunicação espiritual Divina, ao seu povo.
    Salutar este momento, pois desperta-nos à reflexão e nos traz o conforto pois, mesmo que sejamos imperfeitos e infinitamente fracos diante do infinito Poder do Supremo Arbitro dos Mundos e Senhor do Universo, nós poderemos chegar até a nossa terra prometida, só depende da nossa comunhão e obediência ao Supremo Criador de Todas as coisas.
    Só tenho a aplaudir sua equipe e sua liderança diante desse Corpo para que esse trabalho enriquecedor possa chegar ate nós.
    Um Tríplice e Fraternal Abraço a Todos.
    Ir.'. João Anselmo de Oliveira Grau-31 - IME - 076143 - Consistório nº 1.

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    1. Caro Irmão João Alselmo, agradecemos a sua análise.
      Receba nosso tríplice abraço.

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    2. Não esquecendo que só os descendentes entraram na terra prometida.

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  2. Comandante-em-Chefe - Ir. Sacramento.
    O seu trabalho é enriquecedor, para todos nós, mesmo os mais antigos como eu. Você, meu caro amigo, se supera a cada trabalho, onde fica patenteado, o seu estudo, a sua atividade cultural distribuída para todos os membros da Câmara dos Graus Administrativos, bem como de sua Administração, diferente de todos seus antecessores, justamente,por sua dedicação e amor ao R.E.A.A. No que pertine a história de Arão, fica a minha observação de quanto o povo hebreu sofreu em face de algumas posições religiosas, pois apesar de todas as Provas de Javé para a Libertação de seu Povo, por intermédio de Moisés, foram adorar o Bezerro de Ouro e, até hoje, não aceitam Jesus - o Christo - como o Messias esperado e Salvador. Oremos para que todos nós Maçons espalhados pelo Universo, encontremos a força, a fé e a salvação no enviado - o filho de Deus. Vale dizer que a Maçonaria não é religião, nem faz proselitismo dessa ou daquela vertente de fé ou dogma. Mas deixa, implícito a necessidade do Homem - encontrar o seu destino na busca de um encontro com Deus - O Grande Arquiteto do Universo. Grande Inspetor Geral - Ir. Sangenis - Portador das Medalhas de Reconhecimento e Grande Reconhecimento Maçônico e da Comenda do Mérito Montezuma - Membro Efetivo do Consitório, N° 1, desde 1994, de acordo com a Legislação do Santo Império.

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  3. Muito obrigado, irmão Sacramento pela oportunidade que nos proporciona de aprimorarmos nosso conhecimento através dos trabalhos apresentados com maestria pelo Ir.'..Grande abraço.

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A ADMINISTRAÇÃO DO CONSISTÓRIO Nº 1 AGRADECE A SUA PARTICIPAÇÃO.