Dando continuidade ao estudo das diferenças entre os Graus Simbólicos (ou Graus Universais) e os Altos Graus (ou Graus Superiores).
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As origens europeias do Rito Escocês Antigo e Aceito, antes da sua criação oficial, remontam à Escócia e à Inglaterra, num período que se estende aproximadamente entre os séculos XVI e XVIII.
A formação do Rito Escocês Antigo e Aceito e sua diferenciação em relação aos demais ritos maçônicos ocorreu, principalmente, quando a Maçonaria Inglesa ingressou na França.
No território francês, a tradicional Maçonaria inglesa recebeu influências da nobreza e dos intelectuais franceses.
Antes da sua chegada na França, a Maçonaria (com muitas características operativas) possuía apenas os três Graus Universais: Aprendiz (Grau 1), Companheiro (Grau 2) e Mestre (Grau 3).
Ao desenvolver-se no território francês, a Arte Real ampliou seus estudos, criou novos ritos e o aumentou o número de graus praticados em cada rito.
Emblema do Rito de Memphis-Misraim, um dos diversos ritos maçônicos criados na França, a partir da chegada da Maçonaria. |
Particularmente, em relação a Rito Escocês Antigo e Aceito, os graus criados após o Grau 3, direcionaram seus estudos para a Filosofia, a Mitologia e a História das antigas civilizações do entorno do Mar Mediterrâneo (principalmente Egito, Roma, Pérsia, Grécia e Palestina).
Deste modo, o Rito Escocês Antigo e Aceito incorporou princípios como liberdade, igualdade e fraternidade (pertencentes ao Iluminismo Francês), assimilou o entendimento de que o destino do Homem depende apenas das suas decisões racionais, independentemente da(s) vontades(s) divina(s) e aderiu à crença de que todo o Universo é regido por leis naturais e imutáveis (ideias oriundas do Racionalismo Filosófico).
Na França, surgiu a crença de que a Maçonaria havia sido criada pelos cavaleiros da nobreza que combateram nas Cruzadas, e não pelos operários que trabalharam na construção do Templo de Salomão. |
Com base nessas influências, os rituais desenvolvidos a partir do Grau 4 (Mestre Secreto) incluíram estudos relacionados à tradições cristã (especialmente a templária) e judaica, bem como às mitologias gregas, romanas e árabes.
Uma das características mais marcantes dessas novas influências foram os nomes dos graus criados. As nomenclaturas adotadas não mais se referiam às hierarquias de pedreiros ou de artesãos, mas aos títulos da nobreza e aos personagens das Mitologias.
A mudanças incorporadas à organização, filosofia e à doutrina maçônicas permitiram um amplo crescimento da Maçonaria na França no século XIX.
A mudanças incorporadas à organização, filosofia e à doutrina maçônicas permitiram um amplo crescimento da Maçonaria na França no século XIX.
A fim de melhor entender o contexto de criação dos Altos Graus do rito Escocês Antigo e Aceito, segue abaixo um quadro comparativo das características que diferenciam os Graus Simbólicos e os Altos Graus.
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