domingo, 4 de maio de 2014

As civilizações do Crescente Fértil e o Rito Escocês Antigo e Aceito - Egito (Parte 2)

     A segunda ligação importante do Rito Escocês Antigo e Aceito com o Egito Antigo refere-se ao período de aproximadamente 430 anos em que o povo hebreu, conduzido por Jacó (ou Jacob, ou Yaakov, ou Israel), foi morar na fértil região de Gósen, próxima ao delta do rio Nilo, a convite do faraó, sendo depois escravizado.
Percurso das doze tribos de Israel, partindo de Canaã rumo a Gósen. Essa era uma área fértil na região onde Rio Nilo deságua no Mar Mediterrâneo. 
    Na saída da árida região de Canaã para as terras do Egito, Jacó foi acompanhado por seus onze filhos.
   Nessa época, José (que também era filho de Jacó) já ocupava no Egito o posto de ministro do faraó.
   Durante o período em que permaneceram no Egito, José e seus onze irmãos deram origem às doze tribos de Israel
    Os doze filhos de Jacó (ou Israel) que se estabeleceram no Egito e originaram as doze tribos foram: Rubén, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Asser, Issacar, Zebulom, José (Efraim e Manassés) e Benjamim.
   A tribo oriunda de Levi, foi  designada para a realização das tarefas religiosas e não possuía um território próprio.
  A tribo de José foi dividiu-se nas tribos de Efraim e Manassés.
    Os 12 filhos de Jacó foram gerados com 4 mulheres, sendo duas esposas (Raquel e Lia) e duas concubinas (Bila e Zilpa), com a seguinte filiação: 
     Com o passar do tempo, após a morte do antigo do faraó e o rápido crescimento populacional das 12 tribos de Israel, o novo faraó, receoso do grande número de israelitas, decidiu escravizar o povo hebreu, a fim de mantê-lo totalmente sob controle. 
    Após serem tomados como escravos, os hebreus, que até então eram um povo agrícola, tiveram que aprender o ofício da alvenaria, e passaram a trabalhar para os egípcios na construção de templos, palácios e aquedutos. Ou seja, é nesse período que os hebreus têm seus primeiros contatos com a Arte Real, uma ocasião importante em que assimilaram as técnicas que iriam utilizar posteriormente na construção do Templo de Salomão
Os hebreus eram utilizados na confecção
de tijolos e nas diversas construções egípcias
    No Rito Escocês Antigo e Aceito, o Grau 19 (Grande Pontífice, ou Sublime Escocês) trata dos nomes das 12 tribos de Israel e descreve seus significados, tendo como ponto de partida o estudo da Jerusalém Celeste (link para entender o que é a => Jerusalém Celeste).
    De acordo com o Livro da lei (ou Bíblia Sagrada), as 12 portas da Jerusalém Celeste receberão os nomes de cada uma das 12 tribos de Israel.
Painel do Grau 19 (Grande Pontífice)
com a Jerusalém Celeste ao centro.

2 comentários:

  1. Comandante-em-Chefe, Ir. Sacramento. Consistório, Nº 1

    Desejo contar alguns fatos interessantes da história que se passou no Kadosch, nº 1 e que coube a mim participar e cumprir as tarefas, por determinação do Soberano Grande Comendador, da época, Dr. Moacyr Arbex Dinamarco.
    Era o ano de 1990 e eu havia sido elevado para o Grau 29, Grande Escocês de Santo André, quando o Secretário da Câmara Filosófica de Kadosch, nº 1, Ir. Elcyr, me chama e diz: "Ir. Sangenis, o Soberano Grande Comendador quer falar com você, agora, e está lhe esperando em seu Gabinete." Fui ao encontro do Dr. Moacyr Arbex, rapidamente. Ingressei no Gabinete. O Soberano Grande Comendador tinha um papel sobre a mesa, com o meu nome e algumas anotações que não consegui ler. E disse: "Você vai cumprir a missão com todos, sem excessão e que passem a frequentar o Kadosch, nº 1, com o Terno Preto, que é o traje Maçônico do Escocismo...espero que cumpra com rigor, pois essas são minhas determinações". Perguntei, sem raciocinar, se haveria algum documento, tendo respondido, com sua voz rouca e grave, - "quem manda aqui sou Eu !" Saí de lá, mais rápido, do que entrei...e me dirigi para o alpendre (caramanchão), onde ficava o Ir. Josué Moraes, com a Mesa da Tesouraria, fazendo as cobranças, através dos mapas dos primeiros cumputadores, que haviam chegado e disse para ele o que havia acontecido. O ir. Moraes, Maçom antigo e experiente, me disse: "Ir. Sangenis, você terá que ser rigoroso, pois o pessoal teve uma certa liberalidade, em face das obras e, por outro lado, o Dr. Moacyr Arbex é um homem rigoroso." Então pensei, vou começar a passar as novas instruções sobre o Traje Escocês, mas vou começar a "cobrar o traje preto", à partir do próximo mês (as reuniões do Kadosch eram sempre nos dias 30 de cada mês). Nessa mesma ocasião, já estava quase sendo elevado ao Grau 30, Cavaleiro Kadosch, e fiquei, interinamente, no Cargo de Chanceler, sendo que após ser elevado ao Grau 30, prestei Compromisso como Chanceler do Ilustre Conselho Filosófico de Kadosch, Nº 1, onde fiquei no cargo, pelo longo período de 12 anos, que foi o tempo que conseguimos criar uma nova mentalidade, sobre o "Fardamento Maçônico do Escocismo", como passei a me referir. Naquele tempo de abrandamento do traje, em face das obras havia uma verdadeira liberdade no uso dos ternos. Por exemplo: o Azul Marinho era permitido, mas não havia a definição do padrão da cor da fazenda, então o tal Azul Marinho ia, do Azul Celeste até o Azul Marinho tradicional. Muitos usavam os ternos com risco de giz. Havia, ainda, os que vinham de cinza, as vezes de paletó preto e calças cinzas. As camisas sociais, naquela época, também, eram confeccionadas, nas cores claras, mas em tom de amarelo, azul, verde, listradas e brancas, enfim, uma grande profusão de cores. As gravatas, então, variavam das pretas, com o brazão maçônico (esquadro e compasso), bem como, eram listradas, com cores diferentes do preto. Havia, ainda, os cintos de couro cru, tipo sertanejo e sapatos marrons escuros. Enfim, tudo isso era verificado, em longa fila, antes de assinar o Livro de Presenças. Mas os Irmãos, embora reclamando, acabaram se acertando e pudemos dar por encerrada a missão. Haviam passados 12 anos, quando deixamos a Chancelaria do Kadoschs, Nº 1, mas todos estavam revistidos de suas insígnias e com o traje preto, - A COR DO ESCOCISMO ! Recebi, com muita Honra, as Medalhas de Benemérito e Grande Benemérito do Kadosch e mais tarde, após o falecimento do Soberno Comendador Moacyr Arbex Dinamarco, o novo Soberano Grande Comedador, Cel Ney Coelho Soares, me distinguiu com um retrato, na Galeria dos Maçons, pelos serviços prestados ao REAA.
    Comandante-em-Chefe, Ir. Sacramento aproveito para enviar o meu abraço fraterno e dizer, que tenho colaborado com esse Blog, em face do seu exemplo e dedicação, com tantos assuntos e estudos de grande interesse !
    Grande Inspetor Geral, Ir. Sangenis, Portador da Comenda do Mérito Montezuma e Membro Efetivo do Consistório, Nº 1.

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    1. Caro Irmão Sangenis, mais uma vez, gratos pelo relato histórico, na qualidade de protagonista dos fatos.
      Receba nosso tríplice abraço.

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A ADMINISTRAÇÃO DO CONSISTÓRIO Nº 1 AGRADECE A SUA PARTICIPAÇÃO.