terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Personagens do Grau 31 (Osíris) - Parte 4

   Dando continuidade ao estudo sobre Osíris, personagem do Grau 31 (Grande Inspetor Inquisidor Comendador).
Parte 1  -  Parte 2  -  Parte 3
A cidade de Buto localizava-se numa
fértil região litorânea do Baixo Egito.
    Após a deusa Ísis esconder o caixão com o corpo do seu marido e partir para a cidade de Buto, o deus Set, que se encontrava numa caçada na região do delta do rio Nilo, foi alertado que havia sido encontrada, num local próximo, uma arca semelhante àquela que havia aprisionado o deus Osíris. 
    Set partiu imediatamente para o local indicado e lá, vendo que se tratava do cofre com o cadáver do seu irmão Osíris, abriu-o violentamente, dilacerou o corpo em pedaços e espalhou-os em diferentes lugares do Egito.
pedaços de Osíris
De acordo com a lenda, Set espalhou os pedaços do irmão, Osíris, ao longo do rio Nilo
   A deusa Ísis, ao tomar conhecimento da descoberta do caixão, retornou à região do delta do rio Nilo, junto com a deusa Néftis e iniciaram a busca das partes do corpo despedaçado. 
   Em cada local onde as deusas encontravam uma parte de Osíris era erigido um templo em honra à deusa Ísis. 
De acordo com a lenda, Ísis chorou por semanas ao lado do corpo de marido.
   Ao final da busca, Ísis conseguiu reunir quase todas as partes do cadáver do marido. A parte do corpo que faltava, o pênis, havia sido comida por um caranguejo (animal considerado impuro para os antigos egípcios e, pelo seu crime, condenado a viver eternamente na lama).
    Usando o barro existente nas margens do rio Nilo, a deusa Ísis molda um pênis e assim, comovida, completou o corpo do marido. 
    Os choros de Ísis e Néftis emocionam os deuses Thot (deus da magia) e Anúbis (deus das mumificações) que, juntos com Ísis e Néftis, deram início a um longo ritual místico.
O corpo do deus Osíris foi embalsamado
pelo próprio deus Anúbis, o deus das mumificações.
   A demorada cerimônia incluiu a realização encantamentos, a pronúncia de palavras sagradas e a aplicação de amuletos.  
  Ao final do ritual mágico, o deus Osíris despertou para uma nova vida.
   Apesar de ter obtido a ressurreição mística, o deus não poderia voltar à vida terrestre, pois seu corpo divino agora encontrava-se incompleto.
   Osíris, o grande governante do Alto e do Baixo Egito, tornou-se, deste modo, o primeiro deus egípcio a perder o direito a uma vida terrena, passou, então, a ocupar o cargo de governador e juiz do reino dos mortos, onde construiu um palácio e instalou seu tribunal.
Para governar, Osíris formou no seu reino um tribunal com 42 deuses-jurados, que decidiam sobre os destinos dos homens após a morte.
    A fim de complementar o estudo sobre Osíris na sua fase como governador e juiz do reino dos mortos assista o documentário sobre o Livro Egípcio do Mortos, acessando pelo link abaixo:

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